"O que está em baixo, é como o que está em cima.", antigo ditado da alquimia.
Alquimia, do árabe, AL-Khemy significa "a química". Esta ciência começou a se desenvolver por
volta do século III a. C. em Alexandria, o centro de convergência da época e de
recriação das tradições gregas, pitagóricas, platônicas, estoica, egípcias e
orientais.
Em Alexandria, a alquimia recebeu influência do
neoplatonismo, que diz que a matéria, apesar de múltiplas aparências, é formada
por uma substância única, sendo esta a justificativa para a possibilidade da
transmutação.
Assim, o processo alquímico é obtido pela fusão dos quatro
elementos fundamentais da antiguidade: fogo, ar, água e terra.
A alquimia sempre se associou aos elementos da
natureza.
Foi graças às campanhas de Alexandre, o Grande, que a
alquimia se disseminou em todo o oriente. E foram os muçulmanos que a levaram
novamente para a Europa, ao redor do ano de 950.
Tanto assim, que os séculos XV e XVI foram a idade do
ouro dessa atividade precursora da Ciência. Muitos estudiosos se dedicaram
à sua prática.. Até que
a lucidez e objetividade dos pensadores da Renascença começaram a duvidar dos
elixires e da decantada “Pedra Filosofal”. Pois, na realidade, ela jamais fora
encontrada e, portanto, não se conseguira transformar nenhum metal em ouro.
A busca por um solvente universal – o “Alkahest” -
foi também uma das maiores preocupações dos alquimistas, embora eles não
soubessem responder em que recipiente poderiam colocar uma substância que
dissolveria tudo.
Cada metal correspondia a um astro
Por outro lado, acreditando na influência dos astros sobre os homens, admitiam que eles também influenciariam e transformariam os metais. Por isso, a cada metal, faziam corresponder um astro: ouro = Sol; prata = Lua; cobre = Vênus; chumbo = Saturno; ferro = Marte; estanho = Júpiter; mercúrio = Mercúrio.
Na era medieval, a igreja denunciou o caráter herético das
práticas alquímicas, finalmente proibidas por uma bula papal em 1317. A Inquisição controlava com freqüentes
perseguições os infratores, muitas vezes condenados à fogueira, sob acusação de
bruxaria. Por isto, até os dias de hoje o enxofre, material usado
pelos alquimistas, é associado ao demônio.
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