quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A História da Alquimia - Até a Inquisição.



"O que está em baixo, é como o que está em cima.", antigo ditado da alquimia.

Alquimia, do árabe, AL-Khemy significa "a química". Esta ciência começou a se desenvolver por volta do século III a. C. em Alexandria, o centro de convergência da época e de recriação das tradições gregas, pitagóricas, platônicas, estoica, egípcias e orientais. 


Em Alexandria, a alquimia recebeu influência do neoplatonismo, que diz que a matéria, apesar de múltiplas aparências, é formada por uma substância única, sendo esta a justificativa para a possibilidade da transmutação.

Assim, o processo alquímico é obtido pela fusão dos quatro elementos fundamentais da antiguidade: fogo, ar, água e terra.

A alquimia sempre se associou aos elementos da natureza.



Foi graças às campanhas de Alexandre, o Grande, que a alquimia se disseminou em todo o oriente. E foram os muçulmanos que a levaram novamente para a Europa, ao redor do ano de 950.

Tanto assim, que os séculos XV e XVI foram a idade do ouro dessa atividade precursora da Ciência. Muitos estudiosos se dedicaram à sua prática.. Até que a lucidez e objetividade dos pensadores da Renascença começaram a duvidar dos elixires e da decantada “Pedra Filosofal”. Pois, na realidade, ela jamais fora encontrada e, portanto, não se conseguira transformar nenhum metal em ouro.


A busca por um solvente universal – o “Alkahest” - foi também uma das maiores preocupações dos alquimistas, embora eles não soubessem responder em que recipiente poderiam colocar uma substância que dissolveria tudo. 


Cada metal correspondia a um astro

Por outro lado, acreditando na influência dos astros sobre os homens, admitiam que eles também influenciariam e transformariam os metais. Por isso, a cada metal, faziam corresponder um astro: ouro = Sol; prata = Lua; cobre = Vênus; chumbo = Saturno; ferro = Marte; estanho = Júpiter; mercúrio = Mercúrio. 




Na era medieval, a igreja denunciou o caráter herético das práticas alquímicas, finalmente proibidas por uma bula papal em 1317.  A Inquisição controlava com freqüentes perseguições os infratores, muitas vezes condenados à fogueira, sob acusação de bruxaria. Por isto, até os dias de hoje o enxofre, material usado pelos alquimistas, é associado ao demônio.



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